Plataforma de financiamento imobiliário participativ Housers já concluiu 1º projeto em Portugal
- Diário de Notícias - Portugal
- 8 de jan. de 2018
- 2 min de leitura
Comprar casa em grupo é nova forma para investir em imobiliário

Na primeira venda em Portugal, a Housers conseguiu angariar 193 mil euros em menos de um mês. O imóvel foi adquirido por 453 investidores, em que 4%, à volta de 20, já eram portugueses. O investimento médio ficou nos 400 euros, mas é possível avançar com apenas 50 euros. Metade dos compradores eram espanhóis: "Nessa altura não tínhamos praticamente portugueses. A base de investidores era muito espanhola - e os espanhóis, pela proximidade, conhecem bem Lisboa -, por isso foi um dos melhores arranques de projeto que já tivemos, revela João Távora, responsável pela Housers em Portugal.
Para este investimento inicial, a fintech imobiliária situou a rentabilidade líquida anual desta casa em 4,05%, prevendo que ao fim de cinco anos (período previsto para arrendamento daquele espaço antes de nova venda) o valor acumulado suba para 36,37%. Os retornos, assume o responsável pelo desenvolvimento da operação, são convidativos tendo em conta os juros magros oferecidos por outras aplicações financeiras. "O imobiliário sempre foi relativamente seguro. Há picos, mas tem uma grande vantagem em relação a outros produtos ou aplicações financeiras, por exemplo, ações. Investir numa ação pode significar perder o dinheiro todo. No imobiliário, a casa pode desvalorizar? Sim. Mas nunca vai valer zero", assume, justificando o grande interesse dos investidores, nomeadamente os espanhóis, que conhecem bem as consequências de uma bolha imobiliária.
Em Portugal, a expectativa é captar mais investidores. Atualmente, a fintech já conta com 800 a mil portugueses, num universo total de 73 mil investidores. "O objetivo até final de 2018 é chegar aos 11 mil investidores nacionais", diz o responsável, detalhando que as análises apontam para um crescimento do mercado imobiliário português nos próximos três a cinco anos, período durante o qual querem continuar a investir em novos imóveis, diversificando a base de investimento em Portugal, e aumentando os pontos de potencial interesse para quem investe. "Estamos a procurar imóveis para investir e Lisboa é a nossa grande aposta em Portugal", diz. O Porto está nos planos, mas ainda não encontraram "o" imóvel que dará o pontapé de saída para o negócio a norte.
Com a subida dos preços na capital e alguma escassez de imóveis no centro, o foco agora está voltado para Graça, Ajuda ou Penha de França. Até final do ano, a Housers quer fechar a venda de 12 a 15 imóveis no país. Mas quem entra na plataforma também pode investir noutros países. "A ideia é os investidores poderem investir onde quiserem, diversificando o risco, tanto os produtos como os mercados imobiliários".
Comments